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Projeto Liberdades: Artistas urbanos pintam painéis em grafite na Praça dos Três Poderes

Com 14 painéis pintados por grafiteiros na Praça dos Três Poderes, iniciou-se nesta terça-feira (17) uma das ações do Projeto Liberdades, parceria do Supremo Tribunal Federal (STF) com o Instituto Justiça e Cidadania (IJC) em comemoração aos 200 anos de Independência do Brasil.Cada ilustração representa um tipo de liberdade e corresponderá ao conteúdo de artigo escrito pelos onze ministros do STF e pelos advogados Marcus Vinicius Furtado Coêlho, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), e Pierpaolo Bottini. Também há um painel sobre combate às fake news e ao discurso de ódio. As obras serão expostas no lançamento do livro com os textos dos ministros e advogados, previsto para agosto.“Trata-se de uma grande satisfação, para nós, essas obras dos grafiteiros retratando as liberdades que são pilares da nossa democracia. Hoje vemos uma prova concreta de que os grafiteiros são grandes artistas e, além disso, promovem, através da própria arte, a cidadania e a democracia. É um momento singular para o Supremo Tribunal Federal”, disse o presidente do STF, ministro Luiz Fux, que elogiou todos os trabalhos – “não dá para se distinguir qual é o mais bonito!”.CartilhaO projeto é composto também de uma cartilha voltada para o público jovem, que contará com as ilustrações em grafite e resumos dos artigos dos ministros. Será distribuído um milhão de cartilhas para estudantes do ensino médio da rede pública de todo o país. O projeto integra ainda o Programa de Combate à Desinformação do Supremo, criado para desmentir notícias falsas e difundir informações corretas sobre o STF.Os artistas foram selecionados pelo fundador da Escola Carioca de Grafitti e do Museu do Grafitti do Rio de Janeiro, Fael Tujaviu. “Foi um grande aprendizado pesquisar sobre os temas. É um trabalho especial para cada um de nós. A informação traz a mudança. O jovem informado consegue alcançar espaços que não imaginou. É um mundo novo. Por isso, é uma conquista muito importante para nós”, afirmou. De acordo com a gerente de Projetos do IJC, Ana Paula Santos, o objetivo é levar a informação sobre as liberdades aos jovens com uma linguagem mais acessível.ObrasO painel pintado por Fael Tujaviu é sobre o tema liberdade do voto, para o artigo a ser escrito pelo ministro Edson Fachin; Jaime pinta sobre liberdade do trabalhador, para o texto da ministra Rosa Weber; Dinha, sobre liberdade de expressão, e artigo do ministro Dias Toffoli; Chermie, sobre liberdade econômica, e texto do ministro Luiz Fux (presidente do STF); Junior Mudof, liberdade de reunião, texto do ministro Ricardo Lewandowski; Juliana Fervo, liberdade sexual, texto do ministro Luís Roberto Barroso; Priscila Rooxo, liberdade de ir e vir, artigo do ministro Gilmar Mendes; Pandro Nobã, liberdade religiosa, e texto do ministro André Mendonça; Pedro Raz, liberdade eleitoral, texto do ministro Alexandre de Moraes; Aiog, liberdade empresarial, texto do ministro Nunes Marques; e Bart, liberdade de imprensa, para o artigo da ministra Cármen Lúcia.Por sua vez, a artista Natti fez uma ilustração sobre liberdade do exercício profissional, tema do artigo de Marcus Vinicius Furtado Coêlho, enquanto o grafiteiro Soneka desenhou sobre a liberdade de cátedra, cujo texto será de Pierpaolo Bottini. O painel do combate às fake news e ao discurso de ódio foi feito pela artista de Brasília Veronica Pires.VisitaOs artistas apresentaram seus grafites ao ministro Luís Roberto Barroso, que ficou impressionado com o método de trabalho e a agilidade com que os painéis foram concluídos. Casa artista apresentou e detalhou seu painel ao ministro e muitos deles fizeram referência a processos que ele relatou no STF, especialmente a temas ligados a minorias, homofobia e direitos de pessoas LGBTQIA+. Juliana Fervo, responsável pelo painel sobre liberdade sexual, pintou o painel com as cores do arco-íris e escreveu a frase “o direito de viver o que você nasceu para ser”, e parabenizou Barroso pelas decisões em favor dos direitos de transexuais e travestis.Veronica Pires, autora do painel sobre o combate às fake news e ao discurso de ódio, disse ao ministro que as pessoas precisam checar a procedência das informações, pois, do contrário, acabam por levar para sua vida social e política versões sobre as quais não têm certeza. “A partir do momento em que a gente é incentivado a buscar a verdade das coisas e dos fatos, a gente tem o poder de escolher no que acreditar”, afirmou.Para Fael Tujaviu, o painel sobre a liberdade de voto que pintou vem em momento bem oportuno, pois é importante que “a gente possa votar da forma como achar melhor” e que todos os brasileiros tenham esse direito garantido. “É muito gratificante estar aqui nesse lugar e fazer parte desse projeto como artista urbano”, disse.Chermie, que pintou o painel sobre a liberdade econômica, retratou o trabalho de uma costureira indígena da etnia Kokama, do Amazonas, da qual faz parte. Para ela, é importante que haja a valorização do trabalho produzido pelas mulheres indígenas, como forma de garantia de seu próprio sustento e geração de renda para a comunidade. No painel sobre liberdade de expressão, a artista Dinha usou mulheres negras e nordestinas, como ela, para expressar sua vivência no Recife (PE). “O grafite é uma ferramenta de liberdade”, afirmou.Ao final da visita, o ministro afirmou que a iniciativa da publicação com as diferentes liberdades é excepcional e essa aproximação com artistas populares e grafiteiros resultou em trabalhos extraordinários. “O mais impressionante é que eles chegam e fazem na hora!”.Acesse aqui fotos da produção dos grafites.
17/05/2022 (00:00)
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